Maior média de público contra o de menor. Veterano contra debutante. Seria este um duelo de Davi contra Golias? O respeito prega que não, mas a diferença na tabela só reforça a disparidade entre os dois times que se enfrentam neste domingo no Maracanã: Flamengo e Ipatinga. Para piorar ainda mais as chances do visitante, o Ipatinga é o único time entre os 20 que disputam o Campeonato Brasileiro que não venceu uma única partida sequer fora de seus domínios.
O Ipatinga, que passou a lanterna da competição para a Portuguesa na última rodada, é um time limitado tecnicamente como a própria posição na tabela já denuncia. Um dos poucos destaques deste time era o meia Gérson Magrão, que teve uma passagem relâmpago pela Gávea, mas este acabou sendo negociado com o Cruzeiro ainda no início do campeonato.
O treinador Márcio Bittencourt deve escalar o Tigre com a seguinte formação:
Fernando; Márcio Gabriel, Henrique, Gian e Rodriguinho; Augusto Recife, Xaves, Leandro Salino e Luciano Mandí; Adeílson e Ferreira.
Como destaques do time estão o volante Leandro Salino, também com passagem pela Gávea, e o atacante Adeílson. Salino é um segundo volante que pode atuar tanto pela direita quanto pela esquerda e tem uma boa aproximação com o ataque, embora o seu destaque seja defensivo, com as roubadas de bola. É responsável pela criação das jogadas juntamente com o único meia de ofício: Luciano Mandi. Este é um jogador forte fisicamente e se destaca nas jogadas aéreas, mas é fraco tecnicamente, deixando a criação do time muito carente de talentos.
Adeílson é um atacante de muita velocidade e oportunismo. É um dos poucos que se salvam desta pífia campanha, tendo um bom destaque individualmente. Tem como companheiro de ataque o centro-avante Ferreira. Este um legítimo centro-avante trombador. Fraco tecnicamente e bom no jogo aéreo.
Pelo lado rubro-negro, o treinador Caio Jr resolveu dar uma segunda chance ao time que foi derrotado pelo São Paulo e deve manter a mesma escalação:
Bruno; Jaílton, Fábio Luciano e Ronaldo Angelim; Leo Moura, Ibson, Kleberson, Éverton e Juan; Marcelinho Paraíba e Josiel.
Este esquema (3-5-2 sem um legítimo cabeça de área) já mostrou algumas qualidades (no jogo contra Figueirense), mas as fragilidades foram escancaradas assim que enfrentou um adversário mais qualificado (São Paulo). Mas independente de esquema o Flamengo tem obrigação de vitória em seus domínios e espero que uma vitória não mascare mais uma vez os pontos fracos do esquema.
Jaílton foi efetivado como zagueiro pela direita e sequer retorna para sua posição de origem (cabeça de área). É um dos que corriam risco de ser barrado, mas recebeu uma segunda chance. Dininho (e a torcida) seguem aguardando a chance de vermos um "verdadeiro" zagueiro atuando na zaga pela direita.
VAMOS FLAMENGO!
Escrito por Marcus Kimura
http://ideiadojapa.blogspot.com/
sábado, 20 de setembro de 2008
domingo, 14 de setembro de 2008
O Jogo: São Paulo 2 X 0 Flamengo
O jogo, que marcaria o início da arrancada e cercado de euforia pela divulgada "invasão", acabou sendo um "balde de água fria". Foi mais uma derrota em mais uma "final" deste Brasileirão. Neste campeonato só conseguimos vencer o Grêmio entre os times que ocupam a parte de cima da tabela. E estamos numa fase em que não basta vencer os jogos, mas temos que vencer e tirar pontos (ou torcer contra) os adversários melhores posicionados. E não é perdendo as "finais" que isto vai acontecer...
O São Paulo foi superior tanto técnica, quanto taticamente. Rogério Ceni, os três zagueiros e, especialmente, Zé Luís estavam numa tarde muito inspirada. Além disso, o "teste de fogo" para este esquema sem volantes de contenção expôs as deficiências, que ficaram obscuras pela fragilidade do Figueirense.
O lado esquerdo defensivo foi o "calcanhar de Aquiles" do Flamengo. O São Paulo se fechava e saía como muita velocidade. Quanto atacado, Rodrigo/Zé Luís/Hernanes fechavam por ali e Juan/Éverton batiam nesta parede. Quando atacando, Hernanes e Zé Luis avançavam e Juan não retornava na marcação com a mesma velocidade. Com isso, Ibson tinha que fazer a marcação em Hernanes, Juan ficava sem cobertura, já que este deveria fazê-la, e o Zé Luis deitou e rolou. Assim, criou-se uma "avenida" por aquele setor, de onde saíram os dois gols tricolores.
Outro fator preponderante para o resultado foi o nosso estreante do dia: Josiel. Até iniciou bem a partida, mas estava visivelmente sem ritmo de jogo e desentrosado, sendo facilmente dominado pela trinca de zagueiros adversária. Aliás, esta parada para os jogos da Seleção parecem ter afetado todo o entrosamento ofensivo do Flamengo. Impressionou (negativamente) a quantidade de passes errados! Parecia que nunca tinham jogado juntos e não somente o nosso novo "9".
Jaílton já é consenso entre a torcida, mas parece que só o Caio Jr não enxerga suas falhas. Hoje podemos adicionar mais dois lances para sua coleção: os dois gols tricolores. No primeiro, ele e Fábio Luciano abdicam da marcação de André Lima e Dagoberto, respectivamente. No segundo, ele estava na marcação do Hugo, estava... Já passou da hora de colocarmos um zagueiro para atuar com zagueiro. As improvisações foram a favor do São Paulo hoje: o lateral "improvisado" Zé Luís e o zagueiro "improvisado" Jaílton.
Ainda bem que o Goiás ajudou no sábado, com a "surpreendente" vitória sobre o líder Grêmio, mas o título está ficando cada vez mais distante. Tão distante que talvez só alcancemos ele em dezembro... do ano que vem.
Escrito por Marcus Kimura
http://ideiadojapa.blogspot.com/
O São Paulo foi superior tanto técnica, quanto taticamente. Rogério Ceni, os três zagueiros e, especialmente, Zé Luís estavam numa tarde muito inspirada. Além disso, o "teste de fogo" para este esquema sem volantes de contenção expôs as deficiências, que ficaram obscuras pela fragilidade do Figueirense.
O lado esquerdo defensivo foi o "calcanhar de Aquiles" do Flamengo. O São Paulo se fechava e saía como muita velocidade. Quanto atacado, Rodrigo/Zé Luís/Hernanes fechavam por ali e Juan/Éverton batiam nesta parede. Quando atacando, Hernanes e Zé Luis avançavam e Juan não retornava na marcação com a mesma velocidade. Com isso, Ibson tinha que fazer a marcação em Hernanes, Juan ficava sem cobertura, já que este deveria fazê-la, e o Zé Luis deitou e rolou. Assim, criou-se uma "avenida" por aquele setor, de onde saíram os dois gols tricolores.
Outro fator preponderante para o resultado foi o nosso estreante do dia: Josiel. Até iniciou bem a partida, mas estava visivelmente sem ritmo de jogo e desentrosado, sendo facilmente dominado pela trinca de zagueiros adversária. Aliás, esta parada para os jogos da Seleção parecem ter afetado todo o entrosamento ofensivo do Flamengo. Impressionou (negativamente) a quantidade de passes errados! Parecia que nunca tinham jogado juntos e não somente o nosso novo "9".
Jaílton já é consenso entre a torcida, mas parece que só o Caio Jr não enxerga suas falhas. Hoje podemos adicionar mais dois lances para sua coleção: os dois gols tricolores. No primeiro, ele e Fábio Luciano abdicam da marcação de André Lima e Dagoberto, respectivamente. No segundo, ele estava na marcação do Hugo, estava... Já passou da hora de colocarmos um zagueiro para atuar com zagueiro. As improvisações foram a favor do São Paulo hoje: o lateral "improvisado" Zé Luís e o zagueiro "improvisado" Jaílton.
Ainda bem que o Goiás ajudou no sábado, com a "surpreendente" vitória sobre o líder Grêmio, mas o título está ficando cada vez mais distante. Tão distante que talvez só alcancemos ele em dezembro... do ano que vem.
Escrito por Marcus Kimura
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