sexta-feira, 7 de março de 2008

Enchendo Lingüiça


Drops

• em 1976 fui ao Maracanã pela primeira vez. Não foi num jogo do Mengão, mas no histórico Fluminense x Corinthians - A invasão corinthiana. Meu tio tricolor passou lá em casa pedindo uma forcinha da torcida rubro-negra.

• 31 anos depois, meu tio retribuiu a força e me acompanhou no Flamengo x Santos, na reta final do Brasileirão 2007. Ficou encantado com a Nação: "rapaz... isso aqui é coisa de louco!".

• Desde que voltei a morar no Rio (Julho 2007), fui a quase todos os jogos do Mengão no Maraca. Sequer vi um empate. Ganhamos todas.

• Só vou na geral e com meus filhos (foto acima). E a camisa que o Otto (caçula) tá usando era minha, oficial de 1981.

• Adoro assistir jogo pela televisão na companhia do meu irmão. Eu do Rio e ele de Petrópolis, por telefone.

• Já fui gandula no Maracanã duas vezes.

• Quando a única opção de transmissão de jogo pela televisão é com a narração do Galvão Bueno, tiro o som da tv e ligo o rádio.

• Odeio o Galvão Bueno, mas adoro o programa "Bem Amigos".

• Sou apaixonado por jogo de botão.

• Glorinha torcia para o Treze da Paraíba.

• Meu pai tinha uma camisa do oficial do Mengão dos anos 70. Foi do Edu, irmão do Galinho. 18 nas costas, mesmo número usado pelo Obina. A camisa se perdeu no tempo... uma pena.

• Em 87, quando o Bebeto fez o gol da vitória sobre o Inter gaúcho, na final do brasileirão daquele ano, soltei um rojão de três tiros. Dois explodiram para o alto e um na minha mão. Quase perdi o dedinho e nunca mais cheguei perto de um treco daqueles.

• Em 92 eu vi a galera despencando das arquibancadas. Muito triste.

• Em 2007 vibrei com um gol do Zico no Maracanã, junto com meus filhos. Nunca imaginei que isso fosse acontecer. Muito emocionante.

• Em 1997 assisti a um show do Planet Hemp em São Paulo. No meio do show, alguém da platéia jogou uma camisa do Flamengo no palco. Marcelo D2 pegou a camisa e vibrou. Eu também!

• Em 2007 descobri que esse alguém da platéia era o Juba!

• Hoje (ontem) tem (teve) Mengão pela Libertadores, mas a coluna só vai pro ar amanhã (hoje). Acho que ganharemos (ou ganhamos?).




No intervalo do jogo Flamengo x Cienciano, quando o árbitro paraguaio se aproximou para descer aos vestiários, Tatá gritou da geral, bem perto da entrada do túnel: "HIJO DE PUTAAAAAAAAAAAAAAA". Até hoje não sabe postar sozinho no blog, para isso conta com o auxílio luxuoso do Fábio Martins.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Dó, Ré, Mi, FLA

Aprendendo a jogar

O que se viu hoje no Uruguai foi um espetáculo deprimente. Não é possível que este seja o mesmo time que deu um show na reta final do Campeonato Brasileiro de 2007. Infelizmente esse povo ainda não aprendeu que a Libertadores não é Campeonato Carioca e que uma competição como essa tem que ser levada com muita seriedade.

Na primeira partida jogou contra um time peruano horroroso, Coronel Bolognesi, e não conseguiu fazer um gol sequer, ficando num 0 a 0 lastimável. Na segunda partida precisou da ajuda do árbitro para passar pelo Cienciano no sufoco por 2 a 1. E agora leva uma goleada do Nacional, com atuações infantis e amadoras de Toró e Léo Moura. Esses jogadores, aliás, deveriam ser multados. Por muito menos Adriano teve 40% do seu salário retido. No mínimo deveria ocorrer o mesmo com esses dois irresponsáveis.

Caso não vença o Nacional no Maracanã, o Flamengo corre sério risco de ser eliminado na primeira fase da Libertadores, pois o Coronel vai ser a baba do boi e levará cacete de todo mundo, enquanto o Cienciano se beneficiará em casa por causa da altitude.

Ontem, antes do jogo do São Paulo começar, o crápula Rogério Ceni deu uma declaração que mostra como os tricolores paulistas estão anos luz à frente do Rubro-Negro carioca quando o assunto é o torneio mais importante do continente americano. ""A Libertadores é especial, é uma paixão da minha vida", disse o camisa 1 bambino. Prova disso é que ele geralmente se destaca em jogos desta competição, enquanto nosso Bruno falhou em dois jogos consecutivos deste torneio.

Postura, comprometimento, maturidade, responsabilidade e dedicação. Esses são ingredientes básicos para ganhar uma competição deste porte. São qualidades que este elenco do Flamengo não tem. Ou só demonstra quando joga em casa, pelo Campeonato Carioca. Ou esse time demonstre que tem essas qualidades no próximo jogo contra o Nacional ou o ano que seria promessa de grandes títulos se transformará no de grande fracasso.



Santista de nascimento e flamenguista de coração, Fábio Martins escreve também no Cotidiano Ranzinza. Está cansado de comemorar Taça Guanabara, Campeonato Carioca e outras mediocridades. Ainda acredita que dá para ganhar, mas para isso é preciso saber jogar uma Taça Libertadores da América .


quarta-feira, 5 de março de 2008

Que pedreira!

Derrubado por uma forte gripe passei a tarde desta terça-feira em casa. Deitado, suando sobre a cama fui salvo pela rodada da Champions League. No entanto, para minha surpresa (ou seria indignação?) aquele que supostamente seria o melhor jogo da rodada, Sevilla X Fenerbahçe, sequer foi transmitido. Aliás, abriram o sinal para mostrar 30 sonolentos minutos de prorrogação seguidos das penalidades máximas.

Depois do jogo pensei: Já repararam na influência que um ídolo exerce na vida de uma pessoa?

Assisti ao jogo torcendo pelo Zico. E olha que eu tenho 26 anos e, infelizmente, acompanhei pouquíssimos jogos “ao vivo” do Galinho. De qualquer forma, lá estava eu torcendo por ele. Mesmo longe, muito longe do Flamengo.

Enfim, Zico está nas quartas de final da Champions. Parabéns!

Em tempo, desejo ao mortal Arthur Antunes Coimbra / e ao eterno Deus rubro-negro, muitas felicidades pelos 55 anos completados.

Batalha em Montevidéu

Lembro de acompanhar pelo rádio o sorteio dos grupos da Libertadores deste ano. Quando ouvi que o Nacional estaria em nosso caminho disse: “Porra! Aquele estádio é sinistro”.

Como já diria o mestre Scolari: “Não há mais bobo no futebol”. E eu concordo plenamente. Mas, no caso do Nacional, acho que o principal adversário está fora de campo. A torcida dos caras é insana. Naquele estádio então... O alçapão está formado.
A pressão deve ser algo parecido com a Vila Belmiro abarrotada por 50 mil flamenguistas! Já pensaram?

Não tenho duvidas de que será uma pedreira gigante para o Mengão. Na minha opinião, este jogo vai ser uma espécie de batismo recente em Libertadores já que no ano passado ficamos a ver navios sem enfrentar um time digno!

VAI PRA CIMA DELES MENGO!

Pitacos

- Vou fazer parte daqueles que estarão no trabalho acompanhando os gols do Souza via Internet. 18h00! Que horário ridículo!!!

terça-feira, 4 de março de 2008

O Vermelho e o Preto

Sei que será atrasado, mas a homenagem é sempre justa, vou falar de uma pessoa que não precisa de apresentações, só é o maior ídolo do maior clube do mundo. Não existe no futebol mundial alguém como o Zico, craque dentro e fora de campo.

Não vejo o Zico apenas como um ídolo do meu clube, e sim como um pai no esporte. Sim no esporte em geral, pra mim não existe exemplo melhor de ser humano. Zico sempre foi uma pessoa íntegra, sempre foi um cara respeitado por todos por conta do seu caráter, por não medir as palavras, e sempre que questionado por falar na lata, deixar claro aquilo que pensa. Talvez por isso seja um ídolo nacional, coisa que não temos mais, na verdade um ídolo mundial, só não é Imperador do Japão porque não tem olhos puxados, e na Turquia ele é chamado de Rei Arthur.

Eu digo um pai porque ele é meu exemplo, não é o meu maior ídolo, meu maior ídolo é minha mãe, mas sempre vi o Galinho como alguém próximo, um cara quase da minha família, sem ao menos conhecer, era aquele tio legal. É um exemplo a ser seguido, por isso talvez seja, ao lado do Maradona, o jogador mais reverenciado por sua torcida, nem a torcida do Santos é assim com o Pelé.

Um episódio da minha vida, com relação ao Zico e Flamengo, foi o primeiro jogo que vi num estádio, foi um Flamengo e Corinthians pela Copa do Brasil em 1989, o Flamengo perdeu de 4x2, mas pelos critérios de desempate ele avançou já que venceu o primeiro jogo de 2x0, gols do Flamengo marcados por Zico e Júnior, os meus maiores e únicos ídolos no esporte.

Zico no Flamengo conquistou tudo, conquistou o Rio diversas vezes, conquistou o Brasil por 4 vezes, a América e o Mundo uma vez. Fez mais de 500 gols pelo Flamengo, mais de 800 gols na carreira, e era meio campo. Um dos artilheiros da seleção, pior que tem gente que acha que ele foi mal na seleção porque não conquistou títulos, Zico arrebentava na seleção, ao contrário de pseudo-craques, ele jogava muito, mas futebol nem sempre é justo. Fernando Calazans define bem sobre o tema Zico não ter vencido uma Copa: "Azar da Copa do Mundo".

Zico é uma lição de civilidade, espero poder ver o Zico a frente do Flamengo, ele não tem obrigação nenhuma em fazer isso, as vezes acho que o Flamengo deve ao Zico, deve homenagens, deve carinho, deve em respeito, deve uma estátua, foi medíocre a homenagem do Flamengo ao Zico pela data em seu site oficial, mas isso não vem ao acaso.
Frase do Zico que define seu amor pelo Flamengo: "Fora do Flamengo, eu não deixaria de ser o Zico. Mas não teria a alegria do Zico de hoje. Eu seria um Zico triste." Porra isso é de arrepiar.

Enfim, feliz aniversário Zico, você é o meu espelho, um símbolo de como se deve ser, de como se deve agir. Feliz Natal atrasado a todos os rubro-negros. Um vídeo com um pouco dos gols do Zico.

***Um adendo: Zico acaba de levar o Fenerbahçe para as quartas de final da Liga dos Campeões, parabéns.

Saudações Rubro-Negras
Rafael Carioca



segunda-feira, 3 de março de 2008

O 1º jogo é inesquecível

Até hoje tenho vergonha de dizer que antes de 1999 eu nunca havia pisado em um estádio. Mas depois daquele fatídico dia, não tinha como eu não ser flamenguista!

Era um Corinthians x Flamengo, válido pelo torneio Rio-São Paulo. Mas não era apenas mais um Corinthians x Flamengo.

Fomos ao Pacamebu: eu, meus pais, meu irmão, uma amiga, a mãe dela (até ai todos Flamengo) e o irmão dessa mesma amiga (um vascaíno, sem ofensas, que disse ter ido apenas assistir ao Romário).

Mas coisas incríveis aconteceram naquele jogo. Parecia até que o Flamengo sabia que era a minha primeira vez em um estádio. Não bastou o placar de 3 a 0, mas também tive direito a presenciar aquele que Romário considera o gol mais bonito de sua carreira - sim, o famoso elástico no Amaral. E não parou por aí!

Como se não bastasse, eu nunca mais vi uma torcida adversária aplaudindo e gritando o nome de um jogador do outro time. E nem um torcedor (no caso o irmão da minha amiga) pedir a bandeira do time rival para balancar no carro após o jogo...

Eu sei que não é a hora do Romário voltar ao Flamengo (muito menos como jogador), mas eu devo muito pelo que ele me proporcionou naquele dia.

Obrigada Romário! E obrigada Flamengo!

domingo, 2 de março de 2008

Faraó Rubro-Negro.

Mengão vence o Resende de virada.

Confesso que ao ver que o Flamengo estava perdendo de 2x0 antes mesmo da metade do primeiro tempo me assustei. Mas hoje tive um sentimento diferente.

Em 2004 ou 2005 por exemplo, quando acompanhava um jogo do Mengão em que começavamos perdendo contra times pequenos, sabia que vinha sofrimento pela frente, se empatar seria uma alegria muito grande, não tinhamos poder de reação.

Mas hoje a história mudou, temos um ótimo elenco, e principalmente, temos preparo físico.

Quando eu assistia a um jogo de time pequeno contra um grande que tem um time vencedor, e o pequeno começava vencendo. Eu acompanhava o jogo apenas aguardando o empate e a virada do time grande, sabendo da força do time e o preparo físico.

E é isso que eu estava vendo quando o Resende fez 2x0 hoje!! Estava tranquilo, sabia que o Flamengo tem um time melhor, e tem um preparo físico bom.

Thiago salles novamente marcou de cabeça, e esse foi o começo da arrancada, o Flamengo começou a mandar no jogo e se armou bem no meio com as entradas de Gavilán e Maxi.

Kleberson fez uma jogada de craque, e cruzou para Obina empatar o jogo, e Diego Tardelli, que mostra pegar muito bem na bola, chutar com categoria, fez o terceiro e quarto gol do Flamengo e dele no estadual do Rio.

O Flamengo venceu sua décima partida no ano, empatou uma e perdeu uma. Estamos com um balanço muito bom até agora, mesmo sabendo que fizemos muitos jogos com times pequenos, mas isso nos dá moral para o restante da temporada.

Abraços e SRN