sábado, 23 de fevereiro de 2008

Dó, Ré, Mi, FLA

Reunião de Bacana

O cambista representa o que há de pior no futebol. Não admito que um grupo de pessoas tenha lucro exorbitante explorando torcedores apaixonados. É triste ver que cada vez mais esse tipo de oportunista age livremente nos estádios brasileiros, com a conivência de dirigentes, policiais, bilheteiros e torcida. O que está acontecendo na final da Taça Guanabara é um absurdo e as autoridades competentes deveriam tomar uma atitude para ONTEM.

Não é possível que esses ladrões continuem agindo livremente e explicando como funciona o esquema sujo praticado por eles. A matéria publicada ontem no site Globoesporte.com deveria chegar ao Ministério Público ou a Polícia Federal para que esses bandidos fossem banidos de uma vez por todas do nosso futebol.

O esquema funciona da seguinte forma: O ingresso custa absurdos R$40. Os cambistas compram vários ingressos pela metade do preço usando carteirinha de estudante falsificada e dão três reais de suborno ao bilheteiro, gastando, dessa maneira, R$23 por ingresso. Como compram em massa, os ingressos acabam rápido e o pobre torcedor vira refém desses crápulas que cobram R$150. As cadeiras especiais chegam a R$250 e as cadeiras azuis R$ 50.

O pior de tudo é que isso é feito na cara da polícia, que está vendo a situação, mas não toma atitude. Os dirigentes sabem disso e ignoram o fato. Sou totalmente contra a violência. Mas esses caras bem que merecem tomar uma surra e ter todos seus ingressos roubados e distribuídos gratuitamente para os torcedores que estão nos arredores do estádio, já que as autoridades competentes ficam de braços cruzados.

E tem que apurar direitinho para saber quem são os culpados. Porque é difícil acreditar que isso é um esquema que beneficia apenas o cambista e o bilheteiro. A impressão que se tem é que nessa história se gritar 'pega ladrão', não fica um, meu irmão.

Santista de nascimento e flamenguista de coração, Fábio Martins escreve também no Cotidiano Ranzinza. É viciado em cinema, séries, música e cultura pop em geral. Considera Seinfled e Família Soprano as melhores séries de todos os tempos e precisa assistir Sangue Negro, do genial Paul Thomas Anderson, antes da entrega do Oscar.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Enchendo Lingüiça


Flamengo x Peñarol
O jogo da minha vida

Quando o Flamengo disputou, pela primeira vez um título nacional em 1980 contra o galo mineiro, acompanhei o jogo com vários amigos pelo rádio. Como eu e meus irmãos éramos muito moleques meu pai achou melhor fazer uma festa em casa. Lembro que foi a primeira vez que roí todas as unhas. A cada gol do Atlético eu chorava, mas meu pai ria e falava: "caaaaaaaaaaaaalma...".
E, como todos sabem, ganhamos.

Depois daquele título, qualquer outro resultado que não fosse vitória por mais de dois gols de vantagem, eu considerava zebra. Eu não conseguia entender como existiam torcedores de outros times, já que o Flamengo era praticamente imbatível.
Foi naquela época que me tornei fã do Zico. Não só eu, como todo garoto flamenguista da minha geração. Passados quase trinta anos, me arrisco a dizer que aquela safra foi a última de jogadores dignos de idolatria. Jogadores apaixonados pelo clube.
Nunca mais veremos, por exemplo, outra declaração como aquela do Mozer, que o Rafael Carioca brilhantemente postou em sua coluna. Bons tempos!

Na Taça Libertadores de 1982, no jogo em que o Flamengo foi eliminado pelo Peñarol do Uruguai em pleno Maracanã, vivi um dos momentos mais emocionantes da minha vida, assim como nos dias em que meus filhos nasceram.
Por intermédio do radialista Gilson Ricardo, nosso amigo de Petrópolis, tive a oportunidade de ser gandula daquele jogo. Eu estava encantado. Subir o túnel e avistar a arquibancada lotada é coisa de louco! Segundos antes da bola rolar, o Gilson vem ao meu encontro acompanhado de um fotógrafo e grita, "corre! vem pra cá!". Zicão tava me esperando no círculo central para a foto histórica.
O empate era do Flamengo. No momento da foto, Zico me disse: "garotão, se fizermos um gol, tenha calma na reposição da bola". O Flamengo perdeu. 1x0, gol de Jair, um brasileiro, de falta.

Foi o jogo da minha vida. E me desculpem os que lamentam até hoje a desclassificação.
Pra mim, foi vitória!

Até hoje, João Tatá joga botão com a escalação: Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Júnior. Andrade, Adílio e Zico. Tita, Nunes e Lico. Adora Os Paralamas do Sucesso e se caga de medo de rato.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

MENGÃO JOGOU. EU FUI.

Foi um FLAMENGO X RACING pela Supercopa dos Campeões. Uma noite gostosa de novembro de 1992.

O jogo foi disputado no estádio do Pacaembú, porque o Maracanã estava em reforma. Parte da arquibancada tinha caído na final do Brasileirão daquele ano.

Naquela época, e já se vão 16 (DEZESSEIS ANOS!!!!!), o calendário era totalmente diferente. No primeiro semestre era disputado o Brasileirão, que ia mais ou menos até julho. Depois era a vez dos estaduais.

Meu pai, que nunca gostou de ir aos estádios, naquela época já falava da violência e dos perigos de assistir às pelejas in loco. Mas daquela vez não deu. De tanto enchermos a paciência, meu velho foi obrigado a nos levar. Eu tinha 14 anos. Meu irmão tinha 8.

Como todo Flamenguista que não mora no Rio, eu também sempre ouvia aquelas perguntinhas cretinas: “Mas porque Flamengo? Você por acaso nasceu no Rio? Porque você não torce pra um time de Goiás? E aqui em São Paulo hein? Torce pra quem?”

PRO FLAMENGO PORRA!!!!!!!

Eu sempre me estressava com essa sabatina. Hoje me acostumei.

Na época estudava no NEC e cursava a 8ª série. Avisei a todos meus colegas que ia ao jogo. E, na saída da escola, fiz uma aposta com um dos zeladores do colégio. O nome do cara era Silas. Palmeirense, gente boa, mas que nunca entendeu o porquê do Juba (sim, nessa época esse já era meu apelido) torcer para o Mengão.

Saímos de Mogi por volta das 8 da noite. O jogo estava marcado pras 9:30. 50 minutos depois, nosso carro já estava devidamente estacionado. O trânsito no começo dos anos 90 não assustava tanto.

O Pacaembú recebeu umas 15 mil pessoas. Lá encontramos um amigo de infância, o Matheus, que hoje mora em Niterói. Tinha a mesma idade que eu. Era uma quarta feira. Me lembro de ver muitos corinthianos por lá. Muitos mesmo. Tinham até um grito de guerra que falava: TIMÃO, MENGÃO, TORCIDA DE IRMÃO. TIMÃO, MENGÃO, TORCIDA DE IRMÃO.

O jogo foi massa demais. Abrimos o placar ainda no 1º tempo com um gol de falta do Júnior, na trave da entrada do pacaembú, no lado esquerdo do nosso ataque, perto da lateral.

Logo depois o Racing virou e alguém fez um gol de cabeça, acho que foi o Rogério. Aí o Racing fez 3 x 2 aos 40 e poucos do segundo tempo. Nessa hora gelei. Só pensava na aposta que tinha feito com o Silas.

Não era justo. Não tinha lógica. Nosso time era o Campeão Brasileiro pô. Como a gente podia tomar uma daquelas de um time argentino jogando em “casa”? E minha aposta? Não era possível! Eu tinha dois resultados a meu favor, e só a derrota contra. Só pensava num jeito de fugir dessa aposta. Ficaria falado no colégio. Garoto sem honra. Não cumpre com a palavra. Ia ter que encarar. Tava ferrado!

Eis que lá pelos 47 do 2º tempo numa jogada pela direita do nosso ataque acontece um pênalti pro Fla. Não acreditei. Pra falar a verdade nem vi o tal pênalti. Só me preocupava com a aposta. A trave era a do tobogã. Djalminha chama a responsabilidade. Pega a bola, coloca a redonda debaixo do braço e espera a argentinada acabar com aquela catimba. Põe a pelota na marca da cal, toma distância, corre e (silêncio no estádio) mete pra dentro!!!!

Me lembro exatamente do barulho: Um TÂP seco e um TCHOF gostoso da rede balançando. O juizão acabou o jogo logo em seguida.

Djalminha não sabe, mas naquela noite me salvou de ficar careca.

VEMO-NOS.

Em tempo: A memória é uma ilha de edição.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Domingos assim... não tem preço!

No último domingo fui ao Vila Bela, rotina que faz parte da minha vida há cerca de um ano. Chegando lá, rolou aquela sensação “porra, já vi esse filme antes”. O bar estava lotado, ou melhor, super lotado! Um grupo de 20, ou 30 pessoas teve de assistir a partida do lado de fora (isso mesmo) de pé na calçada.

O caldeirão rubro-negro fervilhava como nas finais do Carioca de 2007. Com a bola rolando, o sofrimento parecia infinito. Com um time infinitamente melhor, jogando melhor, levamos um gol do tal Kardec (afe!). Depois de retomar as rédeas da partida... pênalti para eles. Daí em diante, prefiro não escrever.
Seria injustiça misturar as minhas emoções a de vocês. Nada mais justo do que cada rubro-negro deste mundo guardar a própria lembrança daquele momento. Sem nenhum tipo de interferência.

Me resumo a dizer: ahahahahahahahah MUITO OBRIGADO EDMUNDO! Você alegrou o domingo de milhões de pessoas.

Três finais de Carioca, quatro semi finais da Guanabara, 1 Copa do Brasil... que pena que eles não estão na Libertadores.

Importância da bola parada

Há tempos fala-se da importância da bola parada. Basta assistir aos gols da rodada de qualquer campeonato, do Brasileirão ao digníssimo Campeonato Escocês e lá estão: gols e mais gols de cabeça conquistados após cobranças de escanteio ou faltas próximas a área.

E volto a repetir, apesar dos gols da última partida, ainda não temos um bom cobrador de faltas. Vale lembrar que tanto Juan como Léo Moura, tiveram diversas oportunidades e acertaram poucos cruzamentos. Isso sem falar nas faltas diretas. Já é hora de deixar o Bruno experimentar, hein! Vai na base do “Não tem tu, vai tu mesmo”.

Em tempo: O escanteio que gerou o gol do Angelim foi conquistado após uma falta cobrada com força pelo Cristian...

Bruno x Júlio César

Tá certo! O Júlio é nossa cria. Vai estar para sempre no hall dos melhores goleiros que o Flamengo já teve, porém, esse tal de Bruno vem jogando muito. Há quem diga que ele já é mais goleiro do que o Júlio.

O que vocês acham?

Pitacos

- Os problemas causados pelas torcidas organizadas país afora são mais do que conhecidos e não são merecedores de espaço em qualquer tipo de veículo. No entanto, não há como não citar: Fiquei arrepiado ao ver a união das organizadas do Mengão! Já pensou se fosse sempre assim? Flamengo em primeiro lugar!!!

- Alguém mais reparou que o bandeirinha do jogo estava de meião e havaianas?

- Maraca, nos aguarde... domingo estaremos aí!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

O Vermelho e o Preto

Não estou muito afim de escrever hoje, espaço aberto para escreverem qualquer coisa, já deixei até as linhas.
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Saudações Rubro Negras

Rafael Carioca

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Mais uma vez....


Mais uma vez tentei ir ao Villa Bella e não consegui. Desta vez cheguei 30 minutos antes, mas já estava lotado. Como eu estava com meus avós, que já têm mais de 80 anos, não deu para ficar. Mas pude ver a felicidade do meu avô ao passar na frente de um bar em São Paulo e ver tantos Rubro-Negros reunidos. De qualquer forma, mesmo sem a companhia da FlaSampa, pudemos assistir a epopéia Rubro-Negra.

E para o Vasco... Mais uma vez deu tudo errado! Como se não bastasse perder pela 9ª vez consecutiva em jogos decisivos (é penta-vice e tetra-eliminado), o Vasco ainda teve que sentir o gostinho de sair na frente e depois perder um pênalti para amargurar outra derrota. Deve ser dificil ser vascaino...

Devo confessar que, por alguns instantes pensei: "Será que hoje acaba a tradição?" Também gelei ao ver o braço do Fábio Luciano virando... Já imaginei Rodrigo Arroz entrando em campo...
Na hora do pênalti que, por incrível que pareça, nem me assustei pois logo vi que, para a alegria da nação, seria o Edmundo a bater!! Tinha confianca no seu desempenho, afinal de contas ele tinha uma reputacao a zelar.

Temos muito que agradecer a poucos jogadores: Fábio Luciano, Bruno e Edmundo.

PS: Finalmente concordei com a arbitragem do início ao fim de um jogo!

PS-2: Semana que vem espero escrever uma coluna com o título de "Vice de Novo - A troca de personagens".



domingo, 17 de fevereiro de 2008

Faraó Rubro-Negro.

Hoje é a grande semifinal da taça guanabara, o famoso clássico das multidões.

O vencedor desse confronto vai jogar com o Botafogo na semana que vem, esse último que passou pelo Fluminense num clássico que foi decidido no erro da zaga tricolor.

E hoje não deve ser diferente, quem errar menos vai para a final. Na minha opinião o time do Flamengo tem muito mais qualidade que o do Vasco, mas clássico é clássico.

Expectativa de casa cheia no Villa Bella com a Fla-Sampa apoiando o Mengão para mais uma vitória.

Por mais que muitos critiquem, Toró está jogando uma bola redonda com o Joel Santana, se ele não pariticipar por causa da contusão, vai ser uma perda para o Flamengo, mas o que não falta é reposição, temos muitos bons jogadores para o lugar dele. Basta saber se Marcinho vai fazer a ligação com o ataque ou vai de 4 volantes e dois atacantes mesmo.

Vamos torcer porque com certeza deve ser um clássico eletrizante.

Abraços e SRN.