sexta-feira, 14 de março de 2008

Enchendo Lingüiça

Pai Futebol Clube

Meu currículo de pai não é pra qualquer um não. Talvez seja a única coisa que me faça bater no peito e afirmar com toda convicção "EU SOU O CARA!".
Já paguei todo tipo de mico por causa dos meus filhos. Por eles eu já cantei Roberto Carlos na festinha do Dia das Mães na escola, já dancei com o Ronald Mac Donalds no Hopi Hari e já vesti a camisa do Palmeiras numa pelada Pais x Filhos. Só não me fantasiei de Papai Noel, porque o porte físico não condiz. Tô mais pra duende.

Lembro de um domingo, logo cedo, meu sogro, a quem chamo carinhosamente de "meu véio", me ligou perguntando se eu queria ir ao jogo do Palmeiras. Eu não estava nem um pouco animado, mas meu filho Igor, na época com 5 anos, me escalou para o primeiro perrengue do dia:
- Pai, quero ir!
Fazer o quê, né? "tem que participar". E fomos.
Já no estádio, antes de subir para as arquibancadas, meu filho percebeu uma fila enorme de crianças uniformizadas (assim como ele) que estavam aguardando o chamado para entrar em campo com os jogadores. Perrengue nº2:
- Pai, quero ir!
E me ponho a esperar na fila, com umas cem crianças, aguardando o tiozinho a pô-las pra dentro. Já no portão de acesso aos vestiários, vi que o Igor tava nervoso. Deu um "tchau pai" e se picou lá pra dentro. Fui pra arquibancada pra ver a tal performance. As crianças começaram a pisar no gramado. Além das cem da fila, devia ter mais duzentas lá dentro. Mas coração de pai não se engana. Eu tinha certeza que acharia meu filho em campo. E achei! Em seguida vieram os jogadores.
Igor segurou na mão de um Zé-Ruela, camisa 10 e partiram pra tal foto que nunca sai no jornal.
Novamente desci até o portão para resgatar meu filho que voltou radiante:
- PAI, FOI MUITO MANEIRO!
E pulou num abraço de cumplicidade, daqueles que vão ficar pra nossa história.

Bola rolando. Uma peladinha sem maiores atrativos, 4x0 sem emoção. Mas vibrei fervorosamente a cada gol do Verdão, minha alegria era ver meu Porquinho feliz! Saímos do estádio empolgadíssimos cantando "eu-eu-eu! São Caetano se f @#$%".

E foi assim que meus filhos começaram a se interessar por futebol, torcendo pelo o Palmeiras. Eu nunca me preocupei com isso. Mesmo muito antes de eu pensar em voltar a morar no Rio de Janeiro, eu tinha a certeza de que o destino se incumbiria de corrigir esse pequeno desvio.

O que fatalmente aconteceu e hoje somos ainda mais felizes.




Tatá acha um absurdo pagar vinte pratas por uma geral no Maraca pra assistir um monte de Cardoso Moreira. Em forma de protesto, compra sem um pingo de constrangimento ou remorso vários produtos piratas, como camisas, bandeiras, bolas e outros badulaques. FlaTV nem pensar! Só se tiver como puxar um gato. Tem um camarada que é gari da Comlurb que lhe presenteou com um chapéu laranja da empresa.

2 comentários:

Fábio Martins disse...

Tô imaginando aqui o tatá vestido de papai noel hahahahahahahahahahahahahahahahahahaha

Hassan Kishk disse...

na festa da copa do brasil de 2006 eu estava no batizado rubro-negro dos filhos do tatá hein!!! lembro até hoje como foi!!